novembro 21, 2004

Migrações

Sabem quando vos apetece correr sem rumo e fugir para o meio do nada e correr sem roupa e sem preocupação e apenas sentir o vento frio e forte contra a pele molhada e salgada?

Aquela sensação única de correr tanto que a qualquer momento os nossos pés podem descolar do chão e…voarmos…

Eu sempre quis ser o vento do norte…a segredar aos ouvidos das pessoas que o futuro é mais ali mais acolá…

Vou de novo partir e vou de novo chegar e deixar correr a minha alma cigana pelas estradas livre e sentir o bom costume nómada a vibrar nas veias…

Dar um pouco de alento à minha alma migratória e esticar as asas até ao sul…

Sim, vou deixar de novo a austera montanha… este frio congela-me até a alma…

Mas desta vez levo um sorriso nos lábios… não tardará o meu amor migrará também… para o meu colo.