outubro 25, 2004

Mulher desconhecida!



Já corro, já fujo no negro intenso!
Sou água, sou fogo no negro do beijo.
Sou desejo profundo, na noite gracejo.
Louca sem rédeas, pois a ti pertenço!

Teu corpo é meu túmulo desejado!
Tua alma é meu céu azulado...
Tuas mãos as correntes que me amarram aqui.
Meu amor, prende-me em ti!

Meu corpo rejuvenesce a cada palavra tua,
O som inaudível da tua voz faz-me flutuar!
Deixa-me ser uma face da tua lua...
Deixa-me ver teu céu em noites de luar!

Não me deixes amar mais alguém!
Ergue altos muros em teu redor,
Onde não possa entrar mais ninguém!
E amarra a minha alma dentro deles, amor!

Faz com que cada curva de tua escultura corporal
Seja, para este espírito, a montanha mais bela do mundo!
Faz com que o teu perfume de mulher intemporal
Seja o único que eu consiga sentir a cada segundo!

Enlaça teu corpo no meu infernalmente
Faz de mim tua prisioneira amante...
Mas entra também para a mesma cela inconsequente!
Mulher desconhecida, és deslumbrantemente inquietante!