agosto 14, 2004

Orfeu pacífico

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Orfeu pacífico: conto o que sinto!
Canto como a alma que me apraz
E sou um único sentir
No turbilhão dos sentidos!
Se canto é para serenar,
Para sentir no canto das aves
Os peixes e as flores…
Que me enredam!
Procuro sentir a luz
Do sol, da lua...
E dos dois quando, tímidos,
Se entreolham já de relance…
Procuro o lado puro da existência
E olho o outro atormentado
Procurando que o primeiro o invada…
E se falho recomeço desde a enseada.
Mas recomeço como se não me doesse nada!
A minha dor é dor calada…