Conto Revirado
Por vezes, chamo-lhe princesa, não é pelo nome, mas porque efectivamente para mim ela é como a minha princesa…
Por vezes, reclama a minha atenção do seu jeito e eu fico com peso de consciência, pelo que chego a pensar que todo o meu tempo é dela.
Adoro estar a falar com ela, de fazer tudo com ela, aliás…
Por vezes, quando caminhamos juntas pela rua apetece-me dar-lhe a mão e seguir assim de mão dada por entre as pessoas. No entanto, fico contente na mesma, mesmo que não o faça, porque não são assim tantas as vezes que podemos passear juntas nas ruas de qualquer cidade.
Algumas vezes, apenas podemos ficar a falar ao telemóvel tempos intermináveis, horas após horas… Nunca lhe disse, mas a voz dela dá-me aquele conforto, aquela segurança, aquele carinho… aquela felicidade.
Falamos de tudo e, quando me fala de alguém que não conheço, sinto aquele ciuminho irritante, mas logo, logo ela o faz passar.
Ela tem essa capacidade sobre mim, de me fazer mudar de humor de uma forma alucinante. Tanto que, em algumas conversas ao telefone, consegue fazer-me rir como uma perdida e chorar que nem um bebé.
É assim especial, tanto que passo as horas dos meus dias a pensar nela, com um sorriso estúpido nos lábios, e sinto-me então aquela eterna adolescente apaixonada e sonhadora…
É... talvez ela também pense em mim da mesma forma…talvez ela também queira andar de mão dada comigo no meio da rua e também nunca me tenha dito, tal como não diz que gosta da minha voz e que também sou a sua princesa…
É… talvez ela também me ame assim em silêncio…
<< Home